O mercado da soja trabalha com leves altas nesta quarta-feira (20) na Bolsa de Chicago. Por volta de 7h50 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 3,25 e 3,75 pontos nas posições mais negociados. Assim, o contrato janeiro tinha US$ 9,14 e o maio/20, US$ 9,40 por bushel.
O andamento dos futuros da oleaginosa segue limitado ainda pela falta de notícias, principalmente ligadas à disputa entre China e Estados Unidos.
"O processo de impeachment de Trump, ameaças de tarifas à China (sem a assinatura do acordo entre os dois países) e sinais de que um acordo comercial EUA/China ainda não está selado deixam o mercado limitado na tentativa de reação em Chicago", explica o consultor da Cerealpar e AgroCulte, Steve Cachia.
Por outro lado, ainda segundo o executivo, o mercado sente algum alívio do lado da fase final da colheita norte-americana. "De positivo é que a pressão sazonal da colheita nos EUA já cedeu e o mercado já antecipa nova queda nas estimativas de produção da safra 2019 dos EUA devido a problemas climáticos na reta final da temporada", diz.
Se o quadro é este no mercado internacional, no Brasil o mercado segue firme com o dólar ainda em patamares elevados. A moeda americana próxima dos R$ 4,20 motiva muitos e bons negócios para os produtores brasileiros, que têm aproveitado as oportunidades e concluindo bem a comercialização da safra velha e evoluindo bem a da safra nova.
"No Brasil, o dólar que já está em níveis recordes é o principal fator de suporte aos preços em reais no mercado interno, ameaça fugir do controle e a expectativa é de que a qualquer momento o Banco Central terá que intervir com certa agressividade", completa Cachia.
Fonte: Notícias Agrícolas