Entre paralisações e seca, as exportações de trigo caíram 52% na Argentina e marcaram no mínimo 5 anos, segundo informações do portal local Agrofy. Nesse cenário, os embarques representam menos da metade da tonelagem embarcada no mesmo período da temporada passada. 

A Bolsa de Rosário (BCR), destacou que, além da queda na produção, que terá reflexos no menor saldo exportável da campanha (estima-se 17 milhões de toneladas), o complexo exportador da Grande Rosário viu sua obra prejudicada por greves de diferentes setores da cadeia. “Paralisaram em maior ou menor medida a atividade dos terminais portuários e o fluxo de entrada e saída de mercadorias”, indicou. 

A receita do trigo em dezembro foi a mais baixa em cinco anos, afetada pela combinação de queda de produção no centro e norte do país e conflitos sindicais que interromperam o fluxo de desembarque de mercadorias em vários terminais do cinturão portuário de Gran Rosário grande parte do mês. 

O relatório da BCR acrescenta que, apesar de ter regularizado parcialmente a entrada de mercadorias na primeira quinzena de janeiro, até o momento nesta safra comercial, cerca de 41,3 mil caminhões entraram nos portos da região transportando cerca de 1,24 milhões de toneladas de trigo, aproximadamente a terço do que foi inscrito no mesmo período da temporada passada. 

Desde o estabelecimento da medida de força, entre sábado, 16 e quinta-feira, 21, 864 caminhões transportando trigo chegaram aos terminais do Gran Rosario, 80% a menos que nos 6 dias anteriores, considerando chegadas antes das 7 da manhã. Isso mostra claramente o impacto da medida de força na entrada de mercadorias, que atinge fortemente a oferta em um ano marcado pela seca. 

Fonte: Agrolink