Por que a soja está se desintegrando na Argentina? A Consultoria TF Agroeconômica aponta informe recebido da província de Rosário indicando a resposta: “Sob condições ambientais adversas, os rendimentos são menos estáveis e, em boas condições, os rendimentos estagnaram em comparação com o milho. Margens piores, resultados piores do que em safras anteriores, menos avanços genéticos e maior pressão tributária, diante de uma política econômica arrecadadora e assistencialista”.
Na Argentina, o governo fica com 33% do preço bruto, enquanto o sojicultor fica com 67% e todos os custos. “Por outro lado se pode considerar que, de 100% do preço de exportação (de soja, milho ou trigo) o sojicultor só fica com 35% para cobrir todos os seus custos de produção e lucro do empreendimento, o triticultor com 45% e o produtor de milho com 44%”, explicam os analistas da TF.
Com isto, apontam eles, os lucros murcharam, porque a maior parte vai para o governo, não há estímulo nem dinheiro para novos investimentos na produção e o resultado será o plantio da menor área dos últimos 17 anos. “Não queremos fazer política, mas devemos alertar sobre as práticas anti-econômicas dos nossos vizinhos: os governos socialistas combatem a riqueza e geram pobreza; os governos capitalistas combatem a pobreza e geram riqueza”, pondera a Consultoria.
“Todos os governos peronistas combateram os ‘produtores rurais, que ficavam ricos vendendo o alimento que faltava na mesa do povo’, sem saber que esta exportação lhes gerava divisas, empregos, impostos e renda, que é tudo o que lhes falta agora e são a causa do mau momento econômico que atravessam”, concluem os analistas de mercado da TF Agroeconômica.
Fonte: Agrolink